Minha história com o linux sempre foi meio conturbada mas durante muito tempo foi uma relação estável e saudável. Nunca fui fiel a uma única distribuição, sempre migrei para as versões mais novas conforme o release, naquela época não era possível baixar uma ISO da internet em um dia , dois ou uma semana 😛
Eu comprava minhas distros na livraria temporeal , custava 10 reais cada CD… Minha primeira distro foi o Debian Potato, lixo completo, não reconhecia vídeo, áudio ou o meu modem… Depois comprei o Conectiva 5, ainda tenho o box, funcionou o vídeo mas nada de áudio ou modem. Então migrei pro mandrake, funcionou vídeo com aceleração 3d , som mas não o modem.
O slackware foi uma revolução, pois com ele aprendi a compilar o kernel, o que me abriu um mundo novo de possibilidades… Com ele deixei de ser refém do linux e tomei o controle, fiz aceleração 3D, som e após 6 meses o meu modem… Com isso aposentei o Windows 2000 que tinha na minha máquina e nunca mais usei sistemas da Microsoft pra algo além de jogar.
É claro que depois conheci, gentoo, redhat, LFS, fiz minhas próprias distros , fiz as pazes com o debian, odiei o ubuntu, mandei o debian pra PQP, conheci o fedora , abandonei o fedora , voltei pro gentoo …. Mas quero me ater ao Slackware pois ele me lembra muito o ArchLinux.
O slackware fez minha alegria pois todo o sistema deve ser configurado na mão, não existem configuradores automáticos ou scripts que ninguém sabe pra que serve. Um ótimo ambiente para aprendizado, ideal para quem tem máquina velha. Deixei de usar o slack por mais de 2 / 3 do meu sistema era composto de pacotes que eu mesmo fazia, o número de pacotes era tão grande que enchia 2 cds com pacotes TGZ, e olha que na época cabia o KDE e o GNOME inteiros em um único CD-ROM de 650 Mb. Junto com Roberto Parra, hospedamos boa parte desses pacotes no seu servidor e doamos para o site linuxpackages , naquela época não conhecia o coletivo Saravá , que possuem um dos maiores e melhores repositórios de pacotes slackware .
O que me incomodava no slack era o sistema de pacotes, que não tinha resolução de dependências ou upgrades, e levando em conta que gastava boa parte do meu tempo recompilando pacotes minha migração para o Gentoo foi natural . Nessa época o gentoo bombava, a politica era a de pacotes novos sempre… Mas esse espirito se foi com a saída de Daniel Robins a distro ficou abandonada e hoje está sem rumo.
- Pacotes recentes, custe o que custar, bem no estilo fedora
- Sistema simples, com scripts de inicialização estilo BSD, como no Slackware
- Pacotes binários com foco em desempenho apenas para i686 e x86_64, desempenho bom como no gentoo
- Facilidade de criação de pacotes, como no slack
- Instalação em TXT, com dialogos, muito simples, como no slack
- Detecção automática de hardware de c* é r**a !!!
- Gerenciamento de pacotes rápido e eficiente, resolvendo conflitos sem precisar de apt-get -f install , viva o Pacman !
- Distro muito bem documentada como o Gentoo, e com ótimos cérebros nas listas… Diferente das listas do Ubuntu e Fedora que só tem n00b
A distro é muito legal, e é a distro geek que mais cresce atualmente ! Por incrivel que pareça ela tem foco em usabilidade, não estressa os nerds de plantão, acaba com os aborrecimentos tipicos de uma configuração/manutenção do slack . E não é recomendada para n00bs, vai usar Ubuntu seu lerdo !
Senti uma certa nostalgia ao usar o arch, e me lembrei dos bons tempos de quando usar o linux era uma experiência gratificantes ,educativa e divertida. Arch vem com muitos drivers proprietários nos repositórios e no CDROM, oque elimina a parte chata de usar uma distro tão simples.
Nas minhas próximas máquinas vou instalar Arch com certeza, e agora passa a ser minha recomendação de distro para o ano de 2008 😉
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