Traindo o movimento : Emacs

Um pouco sobre o emacs

O eterno rival do VI vai passar um tempo nos meus computadores, andei lendo os manuais e achei interessante, na verdade só virei adepto do VI por causa do Alexander Lymberpoulos (o cara que me ensinou a pescar no linux 😉 ) . Quando perguntei a ele como trocar o FVWM pelo Windowmaker , ele disse : “Basta usar vi ~/.xsession e mudar a linha que diz para executar o fvwm, trocando por wmaker… Como vc vê o vi não é fácil mas depois que vc se acostuma é o melhor editor que vc vai ouvir falar…”

Para os novatos terem uma idéia, no meu tempo não tinha VIM (VI IMPROVED) apenas o VI puro, para dar uma noção os comandos para mover o cursor eram atalhos de teclado ESC h , ESC j, ESC k , ESC l, para remover um caractere bastava dar um ESC d 🙂 E por puro comodismo (não tenho outra explicação) nunca peguei o emacs ou qualquer outro editor para mexer à sério.

De uns tempos pra cá ando batendo cabeça com o VIM, é pura falta de vergonha na cara de mergulhar nas configurações, na verdade ele ganhou novas funcionalidades que agora tenho que desligar da configuração padrão… Bem não é do VI que quero falar 🙂

Primeira coisa legal sobre o emacs é que ele é praticamente um sistema operacional, e vem com tantas ferramentas e traquitanas que chega a ser cômico, como por exemplo uma implementação do jogo Tetris 🙂 . Basta teclar M-x tetris (M é a tecla Alt, x é x mesmo) …
Tem também o psicologo, acionado por M-x doctor , vc pode passar bons momentos com ele nas frias noites de um inverno solitario.

O emacs tb tem ferramentas úteis como o dired, um gerenciador de arquivos completo, que permite renomear arquivos e diretórios com a mesma facilidade de substituir strings em um texto. Basta fazer M-x dired , escolher o diretório com os arquivos fazer C-x C-q ( C é a tecla control ) , editar os nomes dos arquivos manualmente ou ainda usando M-x query-replace ou M-%. Ele também tem atalhos complicados para mover o cursor, com a justificativa de ser mais rápido que usar as teclas HOME, END etc.. Por serem mais próximas das teclas mais usadas.

Não poderia faltar um atalho para uma linha específica do arquivo editado, no VIM é :24 no emacs M-g 24 … Apesar de achar o método do VI mais eficiente o do emacs não é tão ruim. Outra coisa útil é a opção Mark , com o comando C-ESPAÇO vc marca um local no seu texto, e com C-x C-x ele move o cursor para o local marcado. No VI temos o modo VISUAL, para manipular , copiar e colar texto, no emacs C-w faz cut, M-w faz copy e C-y cola.


Enquanto em outros editores o Undo pode ser sobreescrito pelo Redo, no emacs isso não acontece , para usar o Undo basta usar C-/ ou C-x u.

O emacs possui integração com o CVS, subversion além de possuir modos de edição especializados em algumas linguagens como C/C++ , java , python , html ,latex ,etc…

E se você é um usuário de VIM, basta invocar o M-x viper-mode e escolher o nivel de vimperização do seu emacs, muito bom pra quem quer migrar mas precisa de tempo para se adaptar.

Enfim, o emacs é um excelente editor, alguns recursos dele me empolgaram, e vou insistir um pouco mais nele… quem sabe ele não é o editor de textos que eu procuro ?

PS : o modo latex dele é simplesmente animal.
PS2: Esse post foi editado off-line usando o emacs 🙂
PS3: Pra quem curte OSX, ele vem com os dois, mas tem versões gráficas bem legais o MacVim e o Aquamacs

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